O que é Psicoterapia Junguiana? Vale a pena Fazer?

A psicologia não é uma ciência exata, com verdades intransponíveis e uma única metodologia. Ela é formada por uma série de vertentes, baseada nos conhecimentos de pessoas que se dedicaram ao seu estudo e construíram distintas maneiras de tentar compreender a mente humana. Uma dessas pessoas foi Jung, responsável pela existência atual da psicoterapia junguiana.

Mas o que é Psicoterapia Junguiana?

Para responder a essa pergunta, primeiro precisamos saber quem foi Jung. Carl Gustav Jung foi um psiquiatra e psicoterapeuta, que se aprofundou na psicanálise, instituída antes por Freud e a partir desse aperfeiçoamento, criou a psicologia junguiana, também chamada de analítica.

Foi Jung que trouxe os conceitos de indivíduo introvertido e extrovertido e começou a compreender os sonhos como elementos simbólicos. Portanto, a psicologia analítica propõe um constante diálogo entre o consciente e o inconsciente, sendo que neste segundo existem conteúdos que as pessoas não conseguem ter acesso e que acabam vindo à tona por meio de comportamentos e dos próprios sonhos.

psicologia-junguiana

Após romper com Freud, Jung também estabelece a figura dos arquétipos, que são figuras pertencentes ao inconsciente coletivo de uma sociedade, por exemplo, o arquétipo da mãe, do homem perfeito, do herói e outras imagens. Ele também trouxe para o campo da psicologia elementos mitológicos e religiosos.

Portanto, a psicologia analítica ou junguiana é a que trabalha com todos os elementos que foram estabelecidos ou trabalhados por Jung: arquétipos, complexos, ego e muitos outros. Já a psicoterapia junguiana segue essa mesma proposta, mas dentro da psicologia clínica, ou seja, do atendimento ao paciente no consultório.

O que Diferencia essa Vertente da Psicoterapia das Demais?

A psicoterapia junguiana leva muito em consideração o aspecto inconsciente e essa é uma de suas principais marcas. Por isso, o terapeuta valoriza muito, por exemplo, os sonhos que o paciente tem durante a noite, porque são formas de expressão dos conteúdos do inconsciente. Mas esse é apenas um dos aspectos, nas sessões desse tipo de terapia, o inconsciente e a sua relação com a consciência são constantemente explorados.

Nessa questão do sonho, o terapeuta vai buscar elementos de significação que tenham alguma relação para o próprio paciente em seu contexto de vida. Além disso, também vai procurar se existem figuras universais nesse sonho, para expandir a interpretação.

O método de Jung pode ser usado para identificar complexos das pessoas, mas também serve para fortalecer a capacidade de cada paciente de lidar com seus problemas de forma tranquila e equilibrada, compreendendo melhor o que está no inconsciente. Levando isso em conta, vale a pena fazer  psicoterapia, justamente para conhecer melhor o próprio inconsciente e como ele se comporta, influenciando pensamentos e ações.

Divã:

Curiosidade interessante: Freud utilizava o divã para atender e essa foi uma das divergências entre ele e Jung. Isso porque Jung aboliu o uso do divã, acreditando que era importante um confronto direto e sincero entre o paciente e o terapeuta, para que a compreensão da mente e das emoções se desse de forma mais completa.

Compartilhe este artigo:

Posts Relacionados

Maria Cristina Munhoz (CRP 6/87504)

Psicóloga e Terapeuta

Paulistana, reside em Bauru, interior de SP, onde possui seu consultório. Estudou Psicologia na Universidade Camillo Castelo Branco, em São Paulo. Especializou-se em Terapia Regressiva de Memória pela SBTVP (Sociedade Brasileira de Terapia de Vidas Passadas), Hipnose pela S.B.H.H (Sociedade Brasileira de Hipnose e Hipniatria) e Sandplay. Atualmente, atua nas áreas de Psicologia Clínica, Terapia Regressiva de Memória (TVP), Hipnose e Sandplay.

Posts Recentes

plugins premium WordPress